HISTÓRIA
Remontam ao paleolítico os primeiros vestígios de presença humana neste território, como confirmam os achados arqueológicos do Vale do Lapedo.
No entanto, o atual povoamento tem origem na ocupação humana consequente da Reconquista cristã do território e da procura pelos povoadores medievais de terras férteis e favorecidas de água. As referências a esta zona surgem em diversos documentos dos séculos XIII e XIV.
Alqueidão (do Sirol) é uma aldeia com as referências documentais mais recuadas (1211), além de ter sido um local de exploração agrícola e florestal, a sua toponímia faz alusão à presença de calcário e da pedreira que deverá ter fornecido de alvenaria a edificação do casario em Leiria.
Durante o século XVII, grande parte do território da união de freguesias era explorado por foreiros que pagavam rendas aos seus senhores civis e religiosos que viviam nas zonas urbanas.
Em 1640 o termo Boa Vista aparece pela primeira vez. A população local era maioritariamente rural, constituída de trabalhadores por conta de outrém, de alguns mesteirais (sapateiro, ferreiro, moleiro, oleiro…) e de pequenos lavradores que se dedicavam à silvicultura, agricultura e pecuária. Por este tempo, junto à Ribeira do Sirol, laboravam diversos moinhos de cereais e lagares de azeite. A produção agrícola continua a base da economia local, e a ribeira do Sirol possui diversos açudes e noras que servem o propósito do regadio e a laboração dos moinhos.
No século XIX, a extração de pedra calcária e a sua transformação em cal tornou-se uma atividade importante (Alqueidão e Charneca da Chã).
A partir de meados de oitocentos, o comércio de gado cavalar, ovino e caprino vai desenvolver-se expressivamente, no entanto, não há notícia de alguma feira no território da união de freguesias, pelo que os comerciantes locais dirigiam-se à feira de Colmeias que era dedicada ao gado suíno e a outras feiras da região para fazerem escoar os excedentes agrícolas.
Por volta dos anos 70, a resinagem e a produção de pedra e cal entram em decadência, mas florescem as indústrias agropecuárias (a produção de rações e criação de gado suíno), as indústrias da madeira, de materiais de construção, comércio de material elétrico, de materiais de canalização e climatização, entre outras atividades para além da agricultura que perdeu a sua hegemonia.