RONDA PELAS FREGUESIAS
Ao assumir estas novas funções como acha que vai correr este mandato? Como tem sido este início de mandato? Qual o valor do orçamento para o corrente ano?
Até agora o balanço está a ser positivo. Quando nos candidatamos a este cargo, já sabíamos que não seria fácil. As restrições financeiras têm-se relevado superiores àquelas que estávamos à espera, mas temos que ter imaginação para conseguir fazer todas as coisas que idealizámos, com um orçamento muito mais reduzido. O orçamento para 2014 ronda os cinquenta e oito mil euros. Neste momento, estamos a preparar algumas candidaturas para adquirir fundos para a realização de alguns projetos, principalmente na área do turismo e aquisição de equipamentos para dotar o espaço público da freguesia.
Para o corrente ano que obras vai ou gostava de desenvolver?
No dia 20 deste mês foi instalado um multibanco no centro da freguesia, o que constitui uma vitória para nós, uma vez que o equipamento era muito solicitado pela população. O caminho do Jogo da Bola está, já há alguns meses, a sofrer uma intervenção de beneficiação significativa. Dentro de pouco tempo, esperamos concluir o projeto de asfaltagem que foi iniciado em 2013, pela Câmara Municipal das Lajes do Pico.
Estamos a preparar a logística necessária à aquisição de um quiosque, o qual será implementado no Terreiro, para venda de artesanato, produtos locais e artigos alusivos à freguesia. Estamos também a preparar um folheto turístico, onde se apresentará aos visitantes a freguesia, os seus pontos de interesse e as atividades disponíveis. Ainda neste contexto, estamos também a preparar a logística necessária à instalação de rede de internet sem fios, a ser disponibilizada de forma gratuita, também no Terreiro.
O gabinete de apoio à população, através de voluntariado, está a ser criado no momento. Desta forma, dentro de poucos dias, iremos informar a população acerca dos dias em que poderão procurar ajuda na sede da nossa Junta de Freguesia, para resolução de questões quotidianas.
Estamos a avaliar a possibilidade e alternativas para realizar, anualmente e em parceria com o município, a Semana Cultural e Desportiva da Calheta do Nesquim e instituir o dia da freguesia.
No passado mês de Janeiro, recebemos o Secretário Regional dos Recursos Naturais, o Sr.º Luís Viveiros. Do encontro resultou a promessa de consolidação e proteção do porto, nomeadamente da muralha de proteção e recuperação dos estragos causados no porto pelo mau tempo sentido no mês de dezembro.
Ainda em parceria com o Governo Regional, esperamos que a conclusão do largo da Cruz da Calheta esteja para breve.
Dentro de poucas semanas iremos proceder à desratização pela freguesia.
O coreto da freguesia está muito degradado, por isso, a sua restauração será também um ponto em que teremos de solicitar o apoio para Câmara Municipal das Lajes do Pico, bem como para a construção de uma casa mortuária, cujo processo estamos agora a iniciar, com consulta de parecer às entidades com jurisdição no espaço onde se pensa instalar a mesma.
Em Junho ou Julho, pretendemos organizar uma sessão de consulta pública sobre os projetos e iniciativas até agora realizados pela Junta de Freguesia;
A manutenção dos caminhos e canadas e o trilho pedestre são atividades realizadas periodicamente durante o ano, bem como o apoio continuo às coletividades existentes na freguesia.
Começamos a assegurar o transporte escolar em dias de mau tempo aos alunos que não eram abrangidos por esse direito.
Quais as principais dificuldades que irão entravar o seu trabalho?
As restrições financeiras são definitivamente o maior entrave à nossa atividade. No entanto, esperamos que com a cooperação da Câmara Municipal e do Governo Regional e, acima de tudo, muita ginástica orçamental conseguiremos alcançar os objetivos a que nos propusemos.
E ao longo dos próximos quatro anos que investimentos gostava de realizar?
Diligenciar esforços para construção do caminho das Terras Largas; procurar, em parceria com os operadores de telecomunicações, uma solução para a inexistência de rede móvel em alguns locais da freguesia; construir uma manga de gado e/ou um reservatório para abastecimento de água para uso dos lavradores; erguer, em parceria com o município, o Centro Cultural “Dias de Melo”, reabilitar o antigo edifício da “guarda-fiscal”, requalificando-o como espaço multiusos; realizar melhoramentos nos parques de lazer, nomeadamente eletrificação do parque da Feteira e Morricão, dotação dos espaços com equipamentos destinados à prática de exercício físico; equipar os balneários do porto com acesso para utilizadores com dificuldades motoras; procurar obter a classificação das zonas balneares; apoiar a obtenção de certificação pelas unidades de turismo rural e de habitação da freguesia; impulsionar a inclusão da freguesia na rota das excursões turísticas; dotar o cemitério com água e luz; beneficiar a cozinha da Junta de Freguesia, anexa à casa do Espírito Santo; e fomentar a realização de formações para a população.
Sendo uma freguesia com uma população, sobretudo, envelhecida e os jovens a se fixar noutros locais quais as suas maiores preocupações e o que acha que podia ser feito travar combater o isolamento?
A falta de emprego para os jovens é a questão mais importante neste momento. Nós tentamos que a freguesia seja acolhedora e que possua os equipamentos mais valorizados pela população jovem, por ex. rede wireless gratuita, rede móvel em toda a freguesia, multibanco, etc. Contudo, de nada servem estes esforços se os jovens não tiverem onde trabalhar.
Por outro lado, a deslocalização das nossas crianças em idade escolar para a Escola da Ponta da Ilha retirou alguma dinâmica e vivacidade à freguesia. Na verdade, quando queremos participar em algumas iniciativas, como o Limpar Portugal, temos sempre um entrave que é o facto de não termos escola para realizar parcerias. Mas o importante é que as crianças tenham as melhores condições possíveis.
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