Ao longo do tempo, foi-se generalizando a ideia da necessidade de construção de um espaço próprio, mais amplo e com condições que pudessem proporcionar a dignidade que o momento da morte exige. No dia 10 de Outubro de 2004, em Assembleia Paroquial, perante os representantes de todas as actividades e vários paroquianos, o Pároco, Dr. João de Deus, pôs à discussão este assunto, sendo trocadas várias impressões relativamente ao local de implantação e à tipologia do edifício. Um ano depois, o Pároco apresentou e submeteu a apreciação pública um projecto, da autoria da Arquitecta Mónica Juliana Gomes, natural de Sobrosa, onde se propunha a construção da Capela no topo Nascente do jardim do Calvário, com a requalificação do espaço envolvente. Depois de ultrapassados vários percalços causados pelos formalismos legais, a construção iniciou-se em meados de 2007. O projecto, de características arrojadas, inserido no domínio da arquitectura contemporânea portuguesa, pretende simbolizar a relação entre a vida e a morte, quer no espaço exterior (Calvário/linhas em direcção ao Céu), quer no interior (abundância de luz natural). Naturalmente sujeita a críticas, como qualquer obra no seu tempo, a Capela Mortuária de Sobrosa converteu-se em espaço de elogios e surpresas. Na verdade, o que parecia por fora não mostrava o que era por dentro, sendo notável a admiração dos visitantes e a opinião favorável de quantos assistiram à bênção do edifício. Esta obra contou com o apoio do Município de Paredes e da Junta de Freguesia de Sobrosa nos arranjos exteriores. No entanto, é de salientar que, até à data, todo o dinheiro investido é proveniente da freguesia, quer através dos resultados do Centro Paroquial, quer pelos ofertórios mensais na Eucaristia. A bênção ficará marcada na data de 11 de Abril de 2010, Domingo da Divina Misericórdia e ano da Missão diocesana. Presidiu a este acto o Senhor D. António Taipa, Bispo Auxiliar do Porto que, na sua homilia, enalteceu o sentido da vida à luz da Ressurreição de Cristo e evidenciou o significado desta obra pelas suas características próprias. Resta uma palavra de apreço a todos os corajosos que ajudaram a levar por diante esta obra, na certeza que o futuro se encarregará de a valorizar e compreender.
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