O dia 14 de Março de 2019 fica na História de Sobrosa como a data em que foi reposto no seu lugar original o Cruzeiro de Guindo, que havia sido destruído por uma tempestade.
Datado de 1594, este cruzeiro destaca-se por ter a cruz inclinada para a frente, interpretada por alguns como tendo sido atingida por um relâmpago, uma árvore, ou simplesmente porque as suas características permitiram que o tempo a moldasse dessa forma.
Associada a esta construção religiosa, regista-se a existência de uma lenda, na qual está presente um cavaleiro, permanecendo ainda na memória colectiva. A inscrição na base faz referência a um milagre que terá motivado o surgimento deste cruzeiro.
O romper do fatídico dia 4 de Janeiro de 2014 revelou o rasto da destruição provocado por um fenómeno meteorológico extremo, que causou grandes estragos em Sobrosa, arrancando o Cruzeiro de Guindo do penedo onde se encontra implantado. Na sequência da queda, a coluna ficou dividida em vários fragmentos, com danos na cruz e no capitel.
Desde então, os vários elementos foram recolhidos em casa do proprietário, Manuel Leão da Silva Machado, que possibilitou que o cruzeiro fosse agora recuperado e recolocado, numa iniciativa da Junta de Freguesia de Sobrosa.
É de salientar o excelente trabalho por parte da empresa que realizou o restauro, dado que foram aproveitados todos os fragmentos, não tendo sido necessário recorrer a novos materiais.
Espera-se que, a breve prazo, seja possível usufruir do espaço onde se insere este belíssimo cruzeiro, dotado de uma fantástica paisagem sobre o Vale do Sousa.